quarta-feira, fevereiro 14

C'est l'amour

"Sinto o amor no ar... Eu também estou a sentir..." cantam Marco Horácio e Eduardo Madeira todos os dias pela fresquinha. Mas hoje, não há indivíduo que possa dizer que não se sente um tanto ou quanto afeiçoado à expressão.
Nem que seja pelas cartas e belhetinhos encharcados de perfume, as caixas de chocolate em formas de coração, os ursinhos de peluche, os porta-chaves ou os pendentes que se ligam por duas partes formando um coração, as rosas vermelhas que dão sempre aquele toque. Os típicos presentes, os chamados clichés.
Mas há ainda neste dia hotéis com as suites pormenorizadamente preparadas para a ocasião (e uma noite de grande rambóia), os restaurantes especializados em menus bastante exóticos, ou ainda aquelas prendas que nem todos podem receber, nem todos os dias, nem em qualquer ocasião.
Neste dia, vê-se também algo curioso e claro, de grande valor cientifico: Manuel de Luís Goucha armando-se em velha casamenteira ofertando umas pobres criaturas de Deus a quem as queira como suas caras-metade. É mesmo o estilo "Venha freguês, venha! Olha o camionista e a mulher do peixe com um desconto de 30%, é de aproveitar! Escolha á vontade. É pró menino e prá menina!"

Agora, deixando estes devaneios de lado, meus senhores e minhas senhoras, façam o favor de ser felizes, ofereçam algo de realmente valor à vossa cara-metade, algo sem preço, e se não a tiverem, os amigos são sempre algo, por vezes de mais valor que, e mesmo, a cara-metade.

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